16 agosto 2011

Não faça contas


Durante o mês de julho eu rodei 3.720 quilômetros e fiquei 56 horas dentro do ônibus. Agosto não vai ser diferente. E acho que setembro também não. Nesta toada, se não mudar a rotina, até dezembro terei rodado 22.320 quilômetros em 336 horas.

Quando terminei de fazer esta conta eu achei que tinha errado alguma coisa. Aí pedi para um caboclo mais entendido do riscado assuntar se eu tinha feito o cálculo certo. Tinha. E quando ele entendeu a conta ficou me olhando de rabicho de olho um tempo, resolvendo se perguntava ou não. Aí perguntou: “vale mesmo a pena rodar 930 quilômetros todo final de semana?”.

Antes de continuar este causo, me deixa explicar: nos últimos meses eu tenho me dividido em duas casas: a “casa que eu preciso” e a “casa onde mora meu coração”. De segunda a sexta eu fico na casa que eu preciso. Mas no final de semana, mal termina a sexta-feira, eu corro para a “casa do coração”.

Aí na semana passada, enquanto eu fuçava na internet para ver se o tempo passava mais ligeiro, recebi um e-mail de um caboclo lá de Minas: o Chico. Garrei numa prosa boa com esse mineiro e aí, conversa vai, conversa vem, o Chico mandou essa: “a fibra ótica é boa mas perde muito ainda para o velho calor humano”. A prosa era sobre amizade, carinho, saudade e todas estas coisas que a gente só entende “mesmo” quando fica longe. E foi pensando no que o Chico falou que eu respondi a pergunta do meu amigo entendido em números: “vale... vale muito à pena”.

E aí, prá terminar a prosa, botei prá tocar uma moda do Alvarenga e Ranchinho:

“Ó que saudade que eu tenho
Que doce recordação
Da minha casa de páia
Que eu deixei lá no sertão
(...)
A casa menor da terra

Para algumas coisas na vida não adianta fazer conta, nem medir a distância, contar o tempo... A gente ama e ponto. 

Um comentário:

  1. O meu deusiiii te toisa masi lindaaaa!!! Eu digo que aprovo sua vinda todo fds...TODOOOOO!!

    Te amo, e já não vejo a hora de chegar sexta feira...

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